quarta-feira, 14 de maio de 2008

Cá pra nóis

Vou postar um poeminha de minha comparsa Ana Flor, com quem divido lágrima e amor:


Nasci corinthiana
não basta pra me entender, mas ajuda
Por isso amo demais
e não ligo por sofrer
Nasci assim, assim
Não é marra nem folga,
apenas uma pitadinha de maloquerismo
Meu coração escolheu assim e assim aprendi a viver
Sofrendo

(Ana Flor)

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Presente de Maurinho, com licença poética

Que eu queria era falecer vítima da melhor receita da vida: - bebida certa e homens errados.

ass: Destruidoras de Lares

É muita treta vixi

Ó, dizem que lá pros lados do Capão Redondo andam abduzindo gente. Só sei que foi assim. Lobão, só no sapatinho, taí seu poema exclusivo, aos vivo, nénão?



enfim a alquimia da magia
de poder dizer, sem dizer
de dedicar sem dedicar
mentir sem mentir
ser verdadeiro
vejo-me sempre em holofote
o término de um novo texto
um novo poema
agradeço a esse coração inquieto
e os pensamentos voláteis
se quero abraçar, abraço
se quero sentir, sinto
se quero ver, vejo
se não posso ter, tenho
quando escrevo posso tudo
Gonzaguinha já disse:
"as aparência tem surpresa"
aparência só parece
as surpresa sempre insiste
quantas vezes não consigo escrever
as letras travam na minha mão
com a realidade do dia-dia
penso que minha mão não faz poesia
acho que minha mão faz medicina
quando ela começa a escrever
não consigo me conter
então deixo o sangue escorrer
deixo que as palavras se afogue
no próprio sangue, que vire romance
mas que chegue ao seu destino
palavra agradeço a você
por fazer de mim
um instrumento difusor
não queria julga-la
devo admitir
me identifiquei com você
e senti dó de mim...

POR LOBÃO FAM DA RUA.
www.baseadonarua.blogspot.com

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Samba Ruim

A menina não dança qualquer dança
pra dobrar os joelhos precisa a marcação
na ponta dos dedos, peralá, tem certo molejo
um trejeito não passa despercebido, nem suspenso
é um dengo, sabe, um caldo que invade
um molho que lambe o tornozelo e
caso não tiver aquele ritmo, mais que isso,
aquele axé, é um balanço de cabeça
só um bate-pé, aquela coisa xoxa.

Pra acompanhar, a menina dança e requebra
mas não é qualquer furdúncio, zé.
Não vai botando chapéu, achando que é o tal
encadeando firula, fingindo original
enfileirando cadeiras, emprestando um papel.
Porque a menina ginga, zé, e bota banca
No caso, quando tem axé.

Dedicado ao samba chato que eu fui na Rua Cardeal.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Não sou mau lembrador.

Ummmm, deixa ver: faz tempo né? Tô com as coisinhas guardadas, preguiça é escrever.

Mas, Fernandinha me entregou este poema, taí:

Cachaça boa
o bar ia entrando
entornando a coluna e a ultrapassagem.
A sinuca toc-toc
a cara ia depenando
a bola ia
vinha

A cachaça é da boa
a cara, mais perto
e o bar continua aberto
no canto mais negro da noite


Té.