domingo, 10 de janeiro de 2010

Arquitetura da Pele








Aqui onde me delicio. Aqui, abertura do mundo. Fenda exposta ao escuro dos outros. Rachadura líquida, passagem das horas. Aquela que se envolve entre lençóis. Se lava e leva a culpa. A machucada, rosa folhada. Ferida ardida sem remédio. Cura dos prantos, chorar por baixo. Onda fervente, pequeno tremor triscando a nuca. Olhos da pele. Ouvidos dos líquidos. Mancha crespa sendo o apoio do umbigo. Fortaleza de azuis. Guelras que respiram as noites, cheiro de gente. Cor de rosa vivo, vivo das carnes. Tecedeiras dos prazeres.

2 comentários:

Lid´s disse...

Nossaa Carolzinha! Lindo demais. Que linguaguem sensivel. Sem palavras.

é:

Carolzinha
Carolzinha
Carolzinha

Angelamô disse...

Carolita
Lindos são os seus desenhos!
E seus textos e tudo mais!

Aparece aqui na Santa que o samba tá explodindo!

Beijao