sábado, 23 de janeiro de 2010






... traziam em si medo e vigor.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Espiral Negra: Ciência e Movimento



POR QUE E COMO?
Juntando as experiências e miragens das nossas velhas guardas e dos nossos cientistas que pesquisam, movimentam e que apresentam voz própria.
Aqui nas nossas beiradas, onde está a grande necessidade, onde é nossa real fonte, já que os cursos dessa picadilha quase sempre são caros e distantes, girando apenas pelos bairros nobres ou pelas ilhas onde quem entra, volta e meia, não pensa e não pisa mais com seus sapatos os caminhos do ontem. Do nosso ontem.
Vamos bolando e renovando conhecimentos que nascem do afeto, com carícia e com choro, arteirando no nosso jardim negro. Sentindo pensamentos, na matemática, na geografia, nas artes plásticas e em tudo mais que brilhar na teia.
Procurando e bebendo do sabor do saber, com a graça e o dendê do conceito que não mora na paralisia ilhada nem na papagaiada empoada que se garante no seguro do diploma, vampira e sempre fingindo indignação.
É isso, povo. Em tempos de teclas e de ibope fácil, que a gente articule tanta informação e faça dela real conhecimento.
Não vamos esquecer que, anos pra trás, nesse novelo de estudar era tudo ainda muito mais pontudo. Ter um caderno, ter essas pontes de comunicação pra entrançar revides e fundamentos, ter condição de colocar nossos olhos vermelhos no cartão de matrícula.
Então que nossos ofícios e gritos, cheinhos de filosofia e ciência, também se adentrem pelos espaços das pedagogias duras, oferecendo ritmo e graça, sem perder a chama que a beirada dá e pede.
Fica aqui a gratidão pela atenção, a busca (difícil, mas possível) da transformação de raiva em amor, com poesia na luta e asas disfarçadas nas raízes.

Ass: Edições Toró, Quilombaque, Elo da Corrente e Sarau na Brasa.

para se inscrever: www.edicoestoro.net

linha do tempo


... "Os Juruna desenham em sua pele, nas cuias para servir cauim e em outras superfícies, bem como tramam em suas redes, belos padrões de labirinto. Essa arte gráfica era intrigante para mim pelo decidido silêncio que a cultura juruna mantém no que diz respeito a ela. O homem que olhar demais para a pele de uma mulher assim desenhada, tentando seguir com os olhos os pares de linhas que se infletem e se multiplicam, formando motivos que se repetem um número multiplicado de vezes e cobrem todo o seu corpo, corre o risco de se perder nos caminhos da superfície da realidade. Isso é tudo. O simbolismo que nela procurei, em vão, talvez jamais tenha existido, talvez não possa existir"...



Achei esse trecho lendo um texto para a disciplina da Dominicque Gallois, Antropologia e Desenvolvimento: "O dois e seu múltiplo: reflexões sobre o perspectivismo em uma cosmologia Tupi", de Tania Stolze Lima.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Arquitetura da Pele








Aqui onde me delicio. Aqui, abertura do mundo. Fenda exposta ao escuro dos outros. Rachadura líquida, passagem das horas. Aquela que se envolve entre lençóis. Se lava e leva a culpa. A machucada, rosa folhada. Ferida ardida sem remédio. Cura dos prantos, chorar por baixo. Onda fervente, pequeno tremor triscando a nuca. Olhos da pele. Ouvidos dos líquidos. Mancha crespa sendo o apoio do umbigo. Fortaleza de azuis. Guelras que respiram as noites, cheiro de gente. Cor de rosa vivo, vivo das carnes. Tecedeiras dos prazeres.

Encandeia!


... aventura de fotógrafa em Minas Gerais, na casa da vó!