quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Variações sobre Pagode e Axé

Pôvo, dá uma espiada em alguns dos poemas do Vivi e do Acauam,
enquanto não sai o livro inteiro (sumemo!),
com as ilustrações feitas por mim e Emília.

Ó:

Câncer

Ilha

Nada me agrada
tudo me desagrega
o coração, o céu

um continente a deriva
e um invólucro de solidão

azul

arrebata minha baía


Orgânico

doido varrido

não é reciclável


Paixão

Quando acaba
me decepciono
comigo mesmo


"juntou tudo num balaio
e saiu dançando por aí"



Câncer

Consolo

Eu pensei que amor existisse
e existia


NOTA SOCIAL

NO METRO

Uma velha sentada
Duas moças em pé ao lado (lindas)
conversando.

Só olho pra velha.

O que ela tem a oferecer
(oferece existindo)
me toca mais no fundo.


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Desenho do Chão


Salve, povo. Licença.
Repartindo um encontro entre jornadas de trabalho, invenção e vida, Edições Toró vem convidar pro lançamento do livro Desenho do Chão, poesia manuscrita de Silvio Diogo. Na NECESSIDADE de criatividade, as gargantas da mão e os cheiros da vista na procura do ritmado da Poesia, da expressão de perguntas duras como paredes que insistem em aparecer nas nossas esquinas do sentimento.
Sem marra mas ligeiro com essa auto-marquetage que impregna nas internet minuto a minuto, batelando na cabeça dos eternos virtuais, viciando a pensar que a vida seja uma tela na ponta do nariz: consumindo as horas dos pouco abraçantes, pouco suantes, de sapato com sola sempre nova, coluna torta e pouca ladeira. A substituir as carícias de pele, os vinhos de prosa e os cantos de guerrilha por digitais sempre apressadas e já quadradas, dos atuais apliques na tal “sociedade da informação”.
Nessas, Sílvio Diogo edita um livro feito de passos e te convida pra ler onde quiser. Busca, acerta, erra, viaja, nos brinda sempre com seus ouvidos amigos, presença autêntica que chove em seu trabalho. Solando, descobre poças no infinito e abre teias novas pra umidade mofenta de uns muros nossos, das urgências do hoje. Oferece aos leitores Poesia. Quem fecha o livro retorna com formigas na tramela do peito, ganha uma mirada pessoal de sentir os mistérios da criatividade. Essa que muda e se lapida a cada temporada de teimosia, reconhecendo buracos e lixos, fruteiras, frituras e nervuras do terreno.
As coisas acontecendo diferente do planejado e a gente desenhando nosso chão, aprendendo como nenês a equilibrar nossos passos, curtindo correr... mas vem Chão e também faz desenho da gente. Entre horizontes das manhãs e ciladas das madrugadas, do coração, a precisão do caminho a seguir.
No livro, o sotaque da caligrafia vem acompanhado dos desenhos de Carlos Ávila, ornando com a amarração de barbantes verdes.
Na humilde e na intenção faminta de ser lido, dez conto é o preço pedido nos lançamentos:
DIA 18/02, SEGUNDA-FEIRA
A partir das 18h, no Sarau do Bar do Binho, ponte de sabedorias e traquinages. Ainda na brisa da volta do povo da Expedição Donde Miras. Rua Avelino Lemos Júnior, 60, esquina com a Cel. Souza Ferraz, pertinho do Largo do Campo Limpo. Entre o posto e o caldo de mocotó. Fone: 5844 6521.
DIA 20/02, QUARTA-FEIRA
Às 21h, na Cooperifa. Onde mora o tição, a ciência, o sereno e a gana da Poesia. Rua Bartolomeu dos Santos, 797, Chácara Santana. Fone: 5891 7403.
Allan da Rosa

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Antologia

Diante do extenso material, tô fazendo a antologia dos melhores imeios aqui do trampo. Seguem os de hoje:


Andréia
escreveu:

Bem, nesse ano, vamos comemorar os 40 anos da Greve de 68 e estamos planejando um evento com a participação de alguns dos protagonistas da ocasião.

Foi sugerido, também, que se falasse sobre 3 temas relacionados à Greve, que são: Guerra do Vietnã, Movimento Estudantil e Movimento Negro (Martin L. King).

Pois bem, é sobre esses 3 temas que gostaríamos de saber sobre a possibilidade de vocês falarem brevemente no evento, que acontecerá entre junho e julho.

Se você puder me retornar até amanhã, dia 13, ficaria muito grata, pois teremos uma reunião de planejamento dessa atividade no dia 14 e seria conveniente levar uma resposta.

Aguardo seu retorno.

Um abraço




Vera escreveu:

Vitão acaba de noticiar que Andréa fez um trabalho sobre a greve de 68 em Osasco.





Vera escreveu:

Agora falando sério, acho que vale uma conversa pra saber como podemos colaborar nessa história.

beijão
Vera



Luís escreveu:

Sugestões:

  • Vitão, como John Lennon, cantará "Geave Peace a Chance" e Laurinha, como Yoko Ono, ficará gritando e se mexendo debaixo de um lençol. Ambos trajarão roupas brancas.
  • Mahatma será nosso guru indiano
  • Leandro fará striking (tirará a roupa e sairá correndo) - a idéia não foi bem recebida pelos homens da sala. A rediscutir.
  • Ramiro e Pedro, trajando camisolões brancos e portando flores nos cabelos, saltitarão ao redor da sala carregando incensos
  • Nosostros, caracterizados como novos baianos, cataremos em roda "Canto do povo de um lugar".

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Ladrão invade casas em Osasco só para "assaltar" geladeiras

Nada de dinheiro, jóias ou eletrodomésticos. O bandido que tem preocupado moradores da Vila Quitaúna, bairro de Osasco (Grande São Paulo), quer saber mesmo é de furtar guloseimas das geladeiras de suas vítimas. Pelas contas dos moradores da região, cerca de dez casas já foram invadidas pelo ladrão esfomeado.
Os ataques começaram na semana do Carnaval. O último aconteceu na manhã de ontem. O jeito de agir é quase sempre o mesmo. Ele entra, come, troca de roupas e depois vai embora, deixando a casa desarrumada e muitos bens de valor para trás. Quando encontra alguém em casa, não é violento. Termina sua refeição e vai embora.
Na manhã de ontem, o ladrão de geladeiras pulou o muro da casa da bancária Nair Goes, 36 anos, e entrou mesmo com o filho dela, de 10 anos, lá dentro. Chegou, abriu o refrigerador, tomou um suco direto da jarra. Depois, foi até o quarto.
"Ele disse para o meu filho que ia se trocar. Mas o menino disse que não, que no meu quarto só tinha roupas de mulher. Então, o ladrão simplesmente desistiu sem reclamar", conta. Depois, o homem foi embora sem levar nada. "Havia coisas de valor, mas ele nem se interessou", afirma a bancária.
Um dia antes, o excêntrico bandido havia entrado na casa do vizinho de Nair. Ele pulou um muro alto, foi para a cozinha, fritou um ovo e foi embora. "Descobrimos só depois, porque ele deixou um pedaço do ovo jogado no quintal, embrulhado em um guardanapo igual aos que uso", diz o analista de crédito Cassiano Pereira, 31. Segundo ele, no mesmo dia, o invasor foi mais uma vez até sua casa. Desta vez, abriu exceção e acabou levando R$ 20.
O criminoso passou dois dias em uma outra casa da vizinhança. Lá, ele comeu, bebeu e até chegou a sentar na laje da casa, de frente para a rua. Foi agarrado por um morador, mas fugiu.
(Folha de SP)

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