terça-feira, 12 de janeiro de 2010

linha do tempo


... "Os Juruna desenham em sua pele, nas cuias para servir cauim e em outras superfícies, bem como tramam em suas redes, belos padrões de labirinto. Essa arte gráfica era intrigante para mim pelo decidido silêncio que a cultura juruna mantém no que diz respeito a ela. O homem que olhar demais para a pele de uma mulher assim desenhada, tentando seguir com os olhos os pares de linhas que se infletem e se multiplicam, formando motivos que se repetem um número multiplicado de vezes e cobrem todo o seu corpo, corre o risco de se perder nos caminhos da superfície da realidade. Isso é tudo. O simbolismo que nela procurei, em vão, talvez jamais tenha existido, talvez não possa existir"...



Achei esse trecho lendo um texto para a disciplina da Dominicque Gallois, Antropologia e Desenvolvimento: "O dois e seu múltiplo: reflexões sobre o perspectivismo em uma cosmologia Tupi", de Tania Stolze Lima.

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