terça-feira, 18 de setembro de 2007

33 II

- Se vira nêga!

Alta, minha estrela-guia fisga o canto da boca. Pôrra, fiz merda. Que bom. A rua começa a murchar nessa escuridão, vai soltando as rédeas dos carros, das casas, dos postes de iluminação. Ei Lua, encaminha os loucos pras suas vielas, cuida bem delas (a Lua sabe é desse pôvo). Me enrosquei de novo, no som amistoso daquela que de um lado oferece a flor, do outro a espadela. Como dizia o poeta: mas aqui ninguém amarela.
Num tem essa de ficar passando um pano, né mano? A questão é uma vírgula escondida que ninguém atravessa sem antes bater cabeça, em encruzilhada em beira de esquina ou em qualquer quebrada. Essa vírgula é o poço da dádiva, vai esmiuçando, botando fogo nos óio, ardendo, temperando, e vai que dá a liga, no profundo desespero consciente, quando a gente toma posse de fora de dentro pra sempre. Fiz merda, eita coisa boa sô!

A rua desafivela o cinto em que percorro com a minha magrela, a noite é baixa pra eu tocar nela, chorando um choro boniiiiiiiito, firme e infinito.

Um comentário:

clara disse...

êta infiniiiito q é essa internet!
e q texto tão bão de ruim q é este!!!

vô voltar aqui!
abs!