Me pegou pelos braços
e acendeu minha garganta
calando meu sossego
enquanto durmo.
Foi tomando cada cantinho
onde eu lavro esperanças
de vontades de sair correndo.
Se apossou de mim
como quem come a sobremesa,
ardendo tudo à minha volta
seu fogo implacável.
Eu dizia não
querendo gritar
me subindo o calafrio pelas
curvas das costas.
Em volta as paredes pingavam
por dentro era a dor desterrada
e eu dizia não,
querendo gritar
contra sua triste
sede de me tomar inteira.
... dedicado à minha gripe.
Um comentário:
até a gripe in-COR-pora.
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