quarta-feira, 26 de março de 2008

Escamas

Que não tropicam porque não cirandam,
não cospem porque não entornam
Quando roucos é pelo chilique que logo mucha.
Ó peixes azedos que trazem a covardia fuchiqueira nas vistas.
A ziquizira na mão. A patrulha estética na carteira.
Pra vocês, bernes de ferida, canto os cometas
que raiam no peito da nossa disposição.
Chamo a euforia e a teimosia, a fé na vida, o ensino ancestral.

- Não há força que cale os filhos do Axé.

Que se danem essas hienas, vivem do que empapam
com a cera derretida das velas que queimamos.
Nadam num aquário de gastura e lamúrias.
Vamo nóis sonhando cachoeiras de pera e tecendo hortelãs.
Mastigamos pedras sim, nisso lapidamos os dentes pra degustar jaboticabas.
Na sobremesa das suas rotinas desfrutam do pus, nos lábios finos e mesquinhos.
Paralisados vomitam cabelos de marasmo em suas pinimbas.
Alimentam-se das escamas descascadas da própria espécie.
Inutilmente rogam por cancros em nosso chão.
Mas além de caminhar e rastejar, também voamos
Além de cambalhotas também traçamos engenharias.

E jogamo bola com nossos guias.

(Allan da Rosa)

Entre um Créu e um Caetano Veloso

- Carolzinha, tudo na vida é questão do eufemismo que você bota nas coisas.

(Grande Renatão)

quinta-feira, 13 de março de 2008

Passarinho Aconselhou no Sonho

Hoje quando eu levantar terei calma para observar o dia que nasceu (que não é frio, quente, seco ou úmido). É um dia feito, completo, com nuvens e sol, com chuva, com vento.

Se tudo continuar o que foi pendurado ontem, cada pessoa vai se levantar, tomar café (ou não) e sair (ou não). Vai abrir as janelas, calçar as meias secas e reclamar. A matéria do que a gente fala é feito de minério vivo, dos nobres. Falar é muito difícil. Dizem que sobreviver é ter esperteza na ponta do nariz e óleo nas juntas. Amar é ter mel nos lábios, cuidar e querer bem com devoção.

Mas aí tem sempre aquelas coisas, uma bala de chumbo pesando embaixo da costela. Onde eu estou eu já não me equilibro, bambeio, fujo. As "opiniões" a gente faz com cinco olhos, trezentas nóias, um novelo de nó, breque de boi e lupa certeira. Pá! A opinião é um terraço muito horizontal, cheio de passarinhos e o canto deles, brisa e azul do céu: a gente chega lá, vai andando devagarzinho, senta, deita, enfia o pé na terra úmida e fecha os olhos. Opiniões.

De repente, a gente sabe: a opinião tá aqui e nossos olhos já correram muitas léguas pra frente, já sabem demais. Mas aí é que tá: isso que sabe não pode falar pra ninguém.

Hoje, quando acordar, vou pegar bastante terra com as mãos, amassar. Os olhos baixos, e lembrando que o importante é a terra, acima de tudo. Importante nessa vida é o que nela vive, todo mundo. É uma espécie de respeito, é quase um respeito. Tudo que é precipitado é cinza de cinzeiro, não foi e nem vai ser. O que alguém fala vai ficando, rola em cima da cabeça, bagunça tudo, macera, macera (penso,penso, vôo). Aí sim. Aí sim. Ué, mas o que eu tô falando é meu, eu que entornei. Eu mesma que posso fazer tanta alegria e merda: já fui rainha e plebéia.

As coisas do mundo, as peças. As sombras embaixo das pedras. Se a gente não ama como vai fazer? Hein? Meu truta? Como vai fazer? Dia nascendo, tudo corre, mas o grito atravessa até avenida. A vida é muito muito silenciosa. Queria que nada fosse frescura.

O dia nasce cheirando pólvora, que é pra gente nunca esquecer a guerra dos homens. Aqueles que ninguém ouviu. Povo bobo? Bobo é quem desacreditou, certo? O mundo é um redemoinho em todos os cantos, sangue no zói, então se segura na planta dos pés. Nunca se esqueça, aquela mistura de arroz e feijão. O mundo dos homens e das mulheres é um jogo de peças, é um labirinto, é um plano traçado, é um teatro de sombras?

quinta-feira, 6 de março de 2008

Periafricania

Povo, dá uma licencinha...




Aqui no trampo aprendi a garimpar música pela internet, e como nunca é demais ouvir coisa boa de grátis... tem umas músicas do Periafricania
aí nesse link:

bandasdegaragem.com.br/periafricania

Certim? Vai que vale a pena!
Saúde procês

As Mina Pá! AJOELHAÇO no Zé Batidão






Comemoração do Dia das Mulheres na Z/S

E eu só registrei o poeminha:
"Tão duro
às vezes é o
nosso coração
assim como
esse chão
em que, de joelhos
pedimos perdãoooooo"

quarta-feira, 5 de março de 2008

ZAFENATE NA ÁREA!

Moças e Moços errantes do mundão,
entrem nesse link pra ouvir algumas músicas dos irmãos do Zafenate!!!

Salve!

http://www.myspace.com/zafenate