segunda-feira, 27 de julho de 2009

quarta-feira, 22 de julho de 2009

terça-feira, 21 de julho de 2009

Trágica

Me pegou pelos braços
e acendeu minha garganta
calando meu sossego
enquanto durmo.
Foi tomando cada cantinho
onde eu lavro esperanças
de vontades de sair correndo.
Se apossou de mim
como quem come a sobremesa,
ardendo tudo à minha volta
seu fogo implacável.
Eu dizia não
querendo gritar
me subindo o calafrio pelas
curvas das costas.
Em volta as paredes pingavam
por dentro era a dor desterrada
e eu dizia não,
querendo gritar
contra sua triste
sede de me tomar inteira.









... dedicado à minha gripe.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Voz Suja

Busquei o rosto das palavras,
mas todas passavam com pressa.
Sem tempo, leves e sem mágoa.
Não estavam tímidas, é que
não oferecei meu leito triste
como ancoradouro
por isso me ignoravam.
Por mim atravessavam águas,
e ilha não fui.
Raiz de que erva aqui nasceria,
para seu próprio fim?
Cultivo de ventos talvez,
que a tudo carrega.
Sou rio sem margem e sem pouso
inerte no fundo de mim.
Daqui partiram os girinos pequenos e
os peixes coloridos.
Intenção minha de ficar eternamente impura
cheia de lama.
De dia, sou espelho de quem passa
e aqui padece um reflexo.
Dou pontadas nos olhos
minha sina.
É voz suja que contém
a noite guardada
o movimento de minhas
pernas flutuantes.
Agarro vapores pela madrugada,
sorvendo delírios de
letras enfileiradas.
Palavras que sabia de cor, e que
por essa região vivem.
Mas sei, sou poço imundo que transborda
água infértil.

Sendo lama
na secura do verbo.

(eu, 2009)

sábado, 11 de julho de 2009

Destruidoras de Lares




Esse muro a gente fez (eu e Diolinda) acho que em 2007... coisa assim. Me rendeu o primeiro problema com as "Destruidoras de Lares", por que queriam-porque-queriam apagar o escrito. Apagaram assim que virei as costas.

Morro do Querosene, rua Padre Justino.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Os Rios que Corriam Lá

Acordei segurando um fio de sonho,
e tentei percorrer com as mãos os lençóis,
buscando os rios que corriam lá
as poças verdes de nuvens
que cheiravam a mesma coisa que senti
quando beijei seu pescoço
pela última vez.
O meu olho olhava o seu
e assim foram se afastando lentamente,
desfocando e se fechando para a rua
enquanto a lembrança se esquivava
de vez em quando me chamando.
Agora o que eu faço se quando
durmo e quando troco de roupa
fica esse sentimento inchado de palpitações?
Que eu faço na hora do jantar ou se tenho
que estender a mão para chamar o ônibus,
se minha razão tenta se conter em um véu
que cai até meus pés?
Fica assim segurando um fio
de sonho enquanto me corre
por dentro lava quente,
centrífuga de bater roupa,
multidão em disparada.
E meu exílio começa agora,
quando tiro a cabeça do travesseiro
e percorro a cidade.
Onde não mora mais
minha calma.

(Eu, janeiro de 2006)

quarta-feira, 1 de julho de 2009

SARAU POESIA NA BRASA, UM ANO DE EXISTÊNCIA E RESISTÊNCIA!

Povo, eu fiz um recorte cole safado,
mas pra saber melhor dá uma olhada:
www.brasasarau.blogspot.com





DIA 4 DE JULHO TEM A GRANDE FESTA DE
1 ANO DO SARAU POESIA NA BRASA, A PARTIR DAS 18H.
O COLETIVO CULTURAL POESIA NA BRASA PREPAROU ALGUNS APRESENTAÇÕES MUSICAIS, ALÉM É CLARO DO NOSSO SARAU.

VEJA A PROGRAMAÇÃO:

QUILOMBAQUE ÀS 18H30
VELHA GUARDA DA ROSA DE OURO ÀS 19H15
RADIOGRAPHIA e QUILOMBRASA ÀS 20H
SARAU POESIA NA BRASA ÀS 21H