sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Salobra

Uma lágrima caiu dos olhos dele, de tanta que era a dor.
Lambi seu rosto, pra ver que gosto era essa mistura que sai da mina, salobra água que tempera e se aninha na minha própria caminhada.
Chorou e saiu pra colher um horizonte, onde a calma fosse um terço que se reza demorado, a gente fechando as mãos e pedindo e pronto. Saiu pra buscar o mar inteiro, coisa difícil.
Mas com o balaio que levou parecia fácil. Abria os braços e os peixes vinham, o surdo ecoava e as plantinhas se espalhavam.
Virou algazarra, as lágrimas dele na ponta da minha língua me recordavam um tempo, onde o giz dos meus ossos ainda eram terra fértil, que embalavam outros movimentos.
Uma lágrima caiu, de tanta era a dor, o mundo adoçou.

2 comentários:

Anônimo disse...

Olha, já ouvi dizer que a estação se aproxima. Sanhaço e sabiá todo o tal tempo.
Também me deram conta de que é possível confiar segredos ao profundo das reentrâncias. Então: foi corruíra que me mostrou.
Aí, as lágrimas seriam o lastro para flores.

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Thays Lima disse...

Olá gostei mto do seu blog!
Gostei do que tu escreve!
bjuu e boa noite pra ti!