sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Quando o cantor se cala.




Hoje eu sonhei que estava fazendo um documentário. Fui visitar um senhor, bonito mas inchado. Seu rosto tinha um topete bem feito, e bem nos olhos se via que era vivo, muito vivo. Mas já não andava, e ficava o dia todo sentado na porta de casa, cantando ópera. Uma hora me disse: "Aqui nesse país cantor morre na sargeta, ninguém valoriza a gente". Em volta, um aguaceiro que chegava no tornozelo do homem, água suja enlameada e onde boiavam restos de lixo. Entrei na casa, que estava vazia. Nas paredes, só prateleiras com pacotes embrulhados em tecido azul celeste. Não há movimento.

2 comentários:

o que tem ela disse...

saudade.

já leu um livro do Jung sobre os símbolos e sonhos?
estou a procura dele.

pelo pouco que vi, muita coisa pode ajudar
de uns tempos pra cá também ando tendo sonhos que pode ser uma fala bem viva, mas que por algum motivo desconheço.

um grande em você!

Anônimo disse...

Oiiiiu