quinta-feira, 19 de março de 2009

A PELEJA DO PADRE PARA VENDER A IGREJA (Poema do Augusto)

A história que narro aqui
não é invenção minha.
Claro; aumentei um pouco...
Mas ela não não foge da linha.
Vou contar porque tão vendendo
a Igreja de Piraporinha.

O imóvel em questão
sempre esteve ali; imponente.
E acredito que foi visitado
por muitos aqui presentes.
Hoje o povo fica intrigado
com aquela placa escrito:"Vende-se"

O padre daquela paróquia
era um tipo espevitado.
Bebia uma canjebrina.
Fumava até um baseado.
E sempre rezava a missa
de um jeito alterado.

Só pra ilustrar a história
vou aqui rememorar
a vez que ele falou que Jesus
nasceu em Belém do Pará.
E que Herodes era um cabra safado
que merecia apanhar.

Era mesmo um padre doidão
que falava o que bem queria.
As vezes enchia a cara
com o vinho da sacristia.
E uma vez disse que Deus
traiu José com Maria.

A verdade é que o padre
ia até no Guarapirão.
E foi lá que ele se meteu
numa puta confusão
quando cobiçou uma mulher
que dançava lá no salão.

O padre além de doidão
era também bem gaiato.
Quando viu a mulher dançando
pensou logo no ato;
"Essa morena-rôxa
vô batizar no meu quarto."

Mirou a morena dançando
e foi lá encarar a treta.
Chegou na mulher e sem dó
mandou logo essa letra:
"Tô doido pra dançar contigo
esse forró do Calcinha Preta."

A mulher logo pensou:
"Vou papar esse otário!"
Ela já conhecia o padre
de outros intinerario.
E tava muito disposta
a dar o golpe no vigário.

Ela falou: "Eu quero
dançar com você o forró."
Os dois, atracados na pista,
parecia até um nó.
E até o dia clarear
caíram no forrobodó.

Quando as luzes ascenderam
o DJ falou a todos:"Vaza!!!"
O padre para cima da mulher
arrastou a suas asas.
Chegou na bonita e falou:
"Vamos lá pra minha casa."

A mulher pensou: "É agora
que eu faço a minha feira."
A danada ainda ficou
fazendo uma de faceira.
Mas logo foram pra igreja
e furunfaram a noite inteira.

Passada a ressaca dos dois
a vida seguiu como antes.
O padre aprontando das suas
nem ligava pr´os falantes.
Mas o caldo entornou mesmo
quando apareceu a gestante.

E foi no meio da missa
que deu-se a anunciação.
A mulher era pimenta
e armou um barraco do cão.
Dizia que queria uma casa,
um carro e ainda pensão.

O padre pensou c´os botão:
"Agora a casa caiu.
Que mulher desgranhenta.
Vá pra puta que pariu!
Ou Deus me abandonou
ou ele nunca existiu."

Depois do DNA feito
e a paternidade comprovada,
a mulher meteu um processo
pedindo uma puta bolada;
Eis porque a casa de Deus
esta sendo comercializada.

Falou Augusto, o Poeta...
Também tido como rufião.
Trazendo para os presentes
mais uma obra de ficção
que pra vir pro mundo real
não tá tão difícil, não...

2 comentários:

Anônimo disse...

É por isso que tudo tá na conta do papa...
e repente gracioso desses, bonito, só ouvi mesmo lá nos baixios da Lapa.
Salve!
>>>

Anônimo disse...

Oi flor que não existe... estou ficando cada dia mais fã do seu traço... pois não é que peguei a programação do CCJ, olhei o desenho e pensei assim: isso é tinta de uma flor que conheço... da hora quando vi que era você mesma... muito bom!
Beijão,

Aline